Projeto "EM MOVIMENTO"- O início
Em 2008, o Colégio Edna Roriz criou o IEES, Instituto Educacional Espaço-Saúde, em parceria com o Centro de Endocrinologia de Sorocaba, formando uma equipe multidisciplinar, constituída por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e educadores, que uniram esforços para estudar, pesquisar, orientar e acompanhar crianças, jovens e adultos nas suas necessidades de encontrarem meios de preservarem a saúde e alcançarem a excelência em qualidade de vida. Um programa foi desenvolvido, durante seis anos, abarcando professores, alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e funcionários do colégio. Esse programa desenvolveu uma gradual, mas não coercitiva intervenção na dieta dos participantes, e implantou programas específicos de atividades físicas criadas de acordo com as diversas faixas etárias. Neste programa, foram utilizados vários recursos que incluíram, paulatinamente, hábitos alimentares mais saudáveis através de aulas de culinária, palestras, modificações nos cardápios da cantina e do restaurante da escola, sem as restrições e as punições que desestimulam os adultos e são amplamente condenadas para as crianças. Paralelamente, modificações no currículo escolar foram introduzidas, levando, para o cotidiano das salas de aula, discussões sobre a necessidade de se buscar o bem-estar de uma forma natural, lúdica e definitiva.
Os resultados foram surpreendentes. Confirmamos, ao observarmos os alunos, que nem sempre eles mantêm hábitos alimentares saudáveis, sendo que, cerca de 60% deles chegam à escola sem ter tomado o café da manhã. Não por falta de zelo dos pais, mas, principalmente, pela própria dificuldade de montar diariamente um café-da-manhã equilibrado. Constatamos o crescimento nos níveis de sedentarismo em função do grande tempo em frente a computadores e televisores. Muitos alunos alimentavam-se, pela primeira vez no dia, por volta de 9h15, quando iniciamos o horário de lanche na escola.
Decisões que tomamos: Passamos a mostrar às crianças que, antes de rejeitarem um alimento, é preciso prová-lo. Elas não são obrigadas a comer determinados produtos, mas são estimuladas a conhecer novos sabores. Estimulamos que o lanche se tornasse um momento de convivência e também de educação. Todos lancham juntos, escovam os dentes e, depois, têm o horário de recreio livre para brincar. A estratégia, além de valorizar a socialização, impede que as crianças, ao se distraírem com as brincadeiras, percam a noção da quantidade. Nos lanches coletivos, elas são incentivadas a comer diferentes tipos de frutas, verduras e legumes. Também são observadas crianças que têm uma dieta especial em função de alergias e intolerâncias. O açúcar é reduzido ao máximo.
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